Marketing Social
Tanto as origens como as conseqüências da glutonaria são bem mais sérias. Dedicada à gratificação do apetite, a glutonaria procede de um terrível vazio e leva a um terrível vazio que – não importa quanto nos empanturremos – nunca é preenchido. As pessoas comem em demasia para compensar o vazio emocional. Contudo, comer em demasia nunca compensa. A barriga está cheia, mas o coração está oco. A glutonaria engana, como todos os outros vícios. Nossa condenação se torna esta: “Somos o que comemos”.
“A glutonaria é pecaminosa, em todas as suas formas, pois representa um grau de amor próprio autodestrutivo” Karl Menninger
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Extraído de Se7e Pecados Capitais, Shedd publicações, p. 206
“Minha lista continha apenas doze virtudes. Até o dia em que um amigo qualquer gentilmente informou-me de meu orgulho, ele disse que, com freqüência, meu orgulho se evidenciava em minhas conversas e parecia não ser suficiente eu saber que estava certo quando se discutia algum assunto, pois me tornava autoritário e muito insolente. Ele convenceu-me disso ao mencionar diversas ocasiões em que o orgulho se manifestara em mim, Por esse motivo, esforcei-me em fazer o possível para curar-me desse vício, dessa estupidez entre outras. Assim, adicionei humildade a minha lista, dando-lhe um extenso significado.
Não posso vangloriar-me em ter tido sucesso em alcançar essa virtude, mas, exteriormente, parece que fui bastante bem sucedido... Na realidade, é possível que nem uma das nossas paixões naturais seja tão difícil de dominar quanto o orgulho. Podemos disfarçá-lo, lutar com ele, submetê-lo, reprimi-lo, mortificá-lo o quanto quisermos, ainda assim ele permanecerá vivo, e as vezes, despontará e se mostrará. Provavelmente, você o verá muitas vezes nesta história, pois, mesmo que eu pudesse conceber que o superei por completo, eu provavelmente estaria sendo orgulhoso de minha humildade.”
Benjamin Franklin, Autobiography
“Sim, o orgulho é uma tentação perpetuamente perturbadora. Continue frustando suas intenções, mas não se preocupe demais com ele, Enquanto a pessoa sabe que é orgulhosa ela está salva da pior forma de orgulho.” C.W.Lewis
“Quando Nabucodonosor, poderoso rei da Babilônia, queria contar louvores a Deus, um anjo veio e lhe bateu na face. A resposta do Rabi Mendi de Kotzk a essa história foi: ´Por que ele mereceu ser esbofeteado se a intenção era cantar louvores a Deus? Será que você gostaria de cantar louvores enquanto usa uma coroa? Deixe-me ver como você me louvará após ser esbofeteado”.
Talmude
“Quando Francisco José, imperador da Áustria, morreu, o cortejo chegou aos portões fechados do monastério e um arauto bateu à porta. Ao que se escutou a vos do abade: ´Quem é você?´ Eu sou Francisco José, imperador da Áustria, rei da Hungria´, replicou o arauto. ´Não o conheço. Quem é você?´ ´Eu sou Francisco José, imperador da Áustria, rei da Hungria, Boêmia, Galícia, Lodoméria Damácia, grão-duque da Transilvânia, margrave da Moravia, duque da Estíria e Caríntia.´ A voz sepulcral reiterou: ´Não o conhecemos. Quem é você?´ Assim, o mensageiro ajoelhou-se e disse: ´Sou Francisco José, pobre pecador implorando humildemente a misericórdia de Deus´. ´Então, podes entrar´, disse o abade, e os portões se escancararam.”
Comitê de Saint-Aulaire,
comentando sobre a maneira como a igreja checava o orgulho real dos reis, 1945
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Extraído de Se7e Pecados Capitais, Shedd publicações, p. 64
Não me canso de postar estes textos. Não é a primeira, nem a segunda vez, aliás, já perdi a conta. Devem ser reflexões pra se fazer por toda vida, afinal, somos profundamente propensos ao egoísmo, o que nos leva a nos colocar sempre acima de outros. Acontece, que, uma sociedade não pode funcionar assim. E nesta ultima segunda, conversando com meu Pastor, homem que não me canso de ouvir, falou algumas palavras chaves que pra mim se tornaram parte das minhas infinitas citações que eu prezo tanto:
*Por Marcos Monteiro As expectativas criadas pelas eleições e seleção brasileiras são igualmente tediosas. O projeto “Dunga” pode nos levar à vitória, mas nos promete que qualquer jogo será monotonamente difícil, valendo isso para a Espanha e para a Coréia do Sul, estilo de jogo nosso que iguala todos os adversários. Caso o Brasil seja campeão, Dunga devolve o drible a Maradona (aquele drible que tirou o Brasil da copa de 1990), confirmando (por enquanto) que equipes de futebol vistoso, como o Santos e o Barcelona, por exemplo, não têm vida longa no futebol atual. As eleições deste ano nos provocam um sentimento meio “dunga”. Depois de seguidas disputas entre concepções contrastantes que despertavam esperanças e paixões, percebe-se que os contrastes desapareceram, havendo apenas matizes e nuances a serem escolhidas, garantia de que o projeto do novo foi adiado de novo. Durante os próximos oito anos o mesmismo continuará, porque já sabemos que a redução do mandato presidencial para quatro anos significou na prática sua ampliação. Afinal, o que é bom para os Estados Unidos tem de ser bom para o Brasil, ainda. Gerenciado por um presidente de tradição socialista, o Brasil afirmou-se como capitalista quase exemplar, seguindo a cartilha de forma ortodoxa, aplicando medidas paliativas populares, síntese feliz de ênfases de governos anteriores, tornando inócuo e incompreensível o discurso oposicionista de direita. Nem mesmo isso é novidade. A história já havia demonstrado que socialistas tradicionais são excelentes gestores do capitalismo, o que somente ajuda a adiar o sonho de um sistema alternativo de governo. No meio de tudo isso, todo tipo de aliança, que tritura partidos e a concepção de “partido”, do mesmo modo que a convocação de Dunga triturou o conceito de “seleção”. Os novos partidos, especialmente os que pretendem coerência, consequentemente, sofrem da desconfiança provocada no eleitor pelos antigos, temerosos, não sem razão, de que estejam apenas assistindo mais uma vez a construção das mesmas falências e falácias. Sem condições de fugir da sensação de tédio, o melhor seria brincar de novo com as palavras. A moda do momento é descrever a volta caricaturada de antigas obsolências com o prefixo “pós”. Podemos então dizer que o pós-treinador Dunga convocou uma pós-seleção para jogar um futebol pós-moderno. Depois disso, acompanharemos uma pós-eleição para escolher um pós-presidente dentro de uma pós-democracia. Tudo isso, apenas para demonstrar que não antevemos soluções, nem políticas nem semânticas. Feira de Santana, 28 de maio de 2010. *Marcos Monteiro é assessor de pesquisa do CEPESC. Mestre em Filosofia, faz parte do colégio pastoral da Comunidade de Jesus em Feira de Santana, BA. Também é coordenador do Portal da Vida e faz parte das diretorias do Centro de Ética Social Martin Luther King e da Fraternidade Teológica Latino-Americana do Brasil CEPESC – Centro de Pesquisa, Estudos e Serviço Cristão. E-mail cepesc@bol.com.br Fone: (71) 3266-0055. Veja esse texto também no blog www.informativo-portal.
Quase ninguém se encoraja a abordar esse tema, mas é preciso que seja dito: o papel que o Brasil vem exercendo na diplomacia internacional é visto pelos especialistas como tolo e ingênuo, além de macular a nossa autoimagem de país sério. Aqui, na América do Sul, onde a nossa maior praga política, o populismo, renasce com força, não somos vistos como uma liderança, como deseja o governo. Quase todos os nossos vizinhos nos encaram como "o primo rico". Ou seja, aquele que tem sempre a obrigação de "pagar a conta". O Chile - nosso atualmente único colega de subcontinente em condições de chegar ao Primeiro Mundo - nos ignora. Já a Argentina - que foi realmente uma potência mundial até meados do século passado - vive nos chantageando para que o Mercosul não seja desmantelado. A todo momento o governo platense apresenta uma nova barreira comercial protecionista contra os produtos de exportação brasileiros, sob o enganoso pretexto de estar protegendo a sua economia nacional e seus interesses contra a "falta de simetria econômica" entre as duas nações. Ou seja, o mercado interno brasileiro está - e assim tem de permanecer - escancarado às investidas dos poucos produtos argentinos que têm preço competitivo. Já o mercado argentino está travado por barreiras contra o Brasil. "Muy hermanos" esses nossos vizinhos. Mas os problemas que eles nos criam se resumem a isso. O governo "peronista" de Christina Kirchner não precisa de uma "mãozinha" política do Brasil. Os argentinos são muito orgulhosos e não aceitam favores desse tipo provenientes dos brasileiros. Com relação à Venezuela, é diferente. Hugo Chávez praticamente comprou a simpatia e a boa vontade dos argentinos. Para tanto se dispôs a assumir razoável parcela da dívida interna argentina. A Venezuela dispõe de recursos suficientes para tais atos de generosidade. Eles provêm do seu petróleo. Com tais divisas disponíveis, o "bolivarianismo" - o novo socialismo latino-americano - está sendo exportado para todo o continente. E, atualmente, os grandes líderes políticos da região são os venezuelanos, e não os brasileiros. Seria natural que nós usufruíssemos tal condição. Afinal, o Brasil é o maior país do continente latino-americano - tanto em extensão territorial como em população e também em poder econômico. Mas a opção de nossos atuais governantes tem sido a de alimentar a nossa "consciência pesada" com relação aos nossos vizinhos. E eles bem sabem se aproveitar disso. Evo Morales, na Bolívia, chegou ao poder com um discurso claramente antibrasileiro. Segundo ele, o Brasil, no passado, teria abusado da boa-fé boliviana para comprar o Acre "pelo preço de um cavalo". Como pouca gente, por aqui, conhece bem a História, a versão pegou. E serve, agora, para alimentar nos brasileiros um insuportável sentimento de culpa. Obviamente, não foi bem assim. E o que estamos pagando à Bolívia como uma forma de compensação tardia tem um preço muito elevado. Compramos o gás natural que eles produzem. O problema é que a nossa produção interna de gás é mais do que suficiente para atender às demandas da economia. O gás proveniente da Bolívia está literalmente sobrando. Mas jamais nos ocorreu suspender o contrato. E os líderes bolivianos vão, para sempre, continuar falando mal da gente. No Brasil, as nossas esquerdas sempre alimentaram o discurso antiamericano. Ninguém percebe, por aqui, que, para os nossos vizinhos, os grandes imperialistas não são os norte-americanos, mas sim os brasileiros. O atual governo do Equador, que apregoa ser nacionalista, começou a sua gestão estatizando várias empresas brasileiras. Foi uma atitude que pegou bem por lá. Ainda mais porque os nossos dirigentes aceitaram isso sem reclamar. Agora, no Paraguai, o ex-bispo "progressista" Fernando Lugo venceu as eleições presidenciais prometendo renegociar o contrato de Itaipu, mais do que decuplicando o preço que o Brasil paga pela sua energia. Ainda não aconteceu nada, mas as nossas autoridades já deram seguidas demonstrações de que a boa vontade brasileira com relação ao pleito é imensa. O apoio incondicional que o nosso governo tem dado a Hugo Chávez contradiz, na prática, o compromisso brasileiro com a democracia e as suas instituições. O mesmo argumento vale para Cuba. O nosso governo, para tanto, faz vista grossa a todos os atentados aos direitos humanos que por lá ocorrem. Resultado: não logramos ser líderes de nada, na América Latina. Passamos até por alguns ridículos, como o de Honduras. O nosso presidente foi convencido a visitar um monte de nações insignificantes da África como forma de se projetar no mundo. Em vão. A maior cartada do nosso governo foi a suposta intermediação na questão do Irã. Para isso demos guarida institucional ao ditador de lá, quando o resto do mundo evita fazê-lo. O homem é um vira-lata internacional. E o que conseguimos com isso? Nada, além do vexame que protagonizamos nos últimos dias. Presidente, não seria hora de repensar nossa política externa? Os seus assessores na área, nos últimos oito anos, têm lhe garantido que tais iniciativas tortuosas serviriam para que obtivéssemos uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Nunca estivemos tão longe disso. As nossas insólitas e erráticas investidas diplomáticas, ao contrário, criaram uma imagem do Brasil como um parceiro pouco confiável. Presidente, ainda é tempo de botar esses incompetentes na rua! Por JOÃO MELLÃO NETO
O Estado de S.Paulo
impresso 21.05.2010 pg A2
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