quarta-feira, 30 de junho de 2010

ORGULHO

“Minha lista continha apenas doze virtudes. Até o dia em que um amigo qualquer gentilmente informou-me de meu orgulho, ele disse que, com freqüência, meu orgulho se evidenciava em minhas conversas e parecia não ser suficiente eu saber que estava certo quando se discutia algum assunto, pois me tornava autoritário e muito insolente. Ele convenceu-me disso ao mencionar diversas ocasiões em que o orgulho se manifestara em mim, Por esse motivo, esforcei-me em fazer o possível para curar-me desse vício, dessa estupidez entre outras. Assim, adicionei humildade a minha lista, dando-lhe um extenso significado.

Não posso vangloriar-me em ter tido sucesso em alcançar essa virtude, mas, exteriormente, parece que fui bastante bem sucedido... Na realidade, é possível que nem uma das nossas paixões naturais seja tão difícil de dominar quanto o orgulho. Podemos disfarçá-lo, lutar com ele, submetê-lo, reprimi-lo, mortificá-lo o quanto quisermos, ainda assim ele permanecerá vivo, e as vezes, despontará e se mostrará. Provavelmente, você o verá muitas vezes nesta história, pois, mesmo que eu pudesse conceber que o superei por completo, eu provavelmente estaria sendo orgulhoso de minha humildade.”
Benjamin Franklin, Autobiography

“Sim, o orgulho é uma tentação perpetuamente perturbadora. Continue frustando suas intenções, mas não se preocupe demais com ele, Enquanto a pessoa sabe que é orgulhosa ela está salva da pior forma de orgulho.” C.W.Lewis

“Quando Nabucodonosor, poderoso rei da Babilônia, queria contar louvores a Deus, um anjo veio e lhe bateu na face. A resposta do Rabi Mendi de Kotzk a essa história foi: ´Por que ele mereceu ser esbofeteado se a intenção era cantar louvores a Deus? Será que você gostaria de cantar louvores enquanto usa uma coroa? Deixe-me ver como você me louvará após ser esbofeteado”.
Talmude

“Quando Francisco José, imperador da Áustria, morreu, o cortejo chegou aos portões fechados do monastério e um arauto bateu à porta. Ao que se escutou a vos do abade: ´Quem é você?´ Eu sou Francisco José, imperador da Áustria, rei da Hungria´, replicou o arauto. ´Não o conheço. Quem é você?´ ´Eu sou Francisco José, imperador da Áustria, rei da Hungria, Boêmia, Galícia, Lodoméria Damácia, grão-duque da Transilvânia, margrave da Moravia, duque da Estíria e Caríntia.´ A voz sepulcral reiterou: ´Não o conhecemos. Quem é você?´ Assim, o mensageiro ajoelhou-se e disse: ´Sou Francisco José, pobre pecador implorando humildemente a misericórdia de Deus´. ´Então, podes entrar´, disse o abade, e os portões se escancararam.”
Comitê de Saint-Aulaire,
comentando sobre a maneira como a igreja checava o orgulho real dos reis, 1945

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Extraído de Se7e Pecados Capitais, Shedd publicações, p. 64

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